Após serem colocados para fora do plenário, as galerias foram liberadas para os manifestantes. Pauta era votação de vetos da presidente Dilma.
Só terminou de madrugada a apuração dos votos sobre os vetos da presidente Dilma Rousseff a quatro projetos que tinham sido aprovados no Congresso Nacional. O resultado preliminar indica que o governo venceu essa primeira batalha.
A Secretaria Geral do Senado confirmou agora há pouco que todos os quatro vetos foram mesmo mantidos, como o governo queria. Os parlamentares marcaram em uma cédula de papel se aceitavam ou não os vetos do governo. Os votos foram apurados pelo centro de informática do Senado.
Durante toda a votação, manifestantes de diferentes categorias ocuparam as galerias, reservadas ao público, e um grupo chegou a invadir o plenário da Câmara dos Deputados.
Do alto, o protesto parecia tranquilo, mas logo na entrada do Congresso, a primeira confusão. Manifestantes contra e a favor do ato médico, que regulamenta o exercício da medicina, foram barrados. Um segurança foi atingido por um spray de pimenta que veio do lado de fora. Os policiais reagiram.
Alguns manifestantes entraram, e encontraram um grupo de policiais e bombeiros, que pediam a votação da proposta que unifica o piso salarial deles em todo o país. Os agentes acabaram invadindo o plenário.
O presidente da Câmara elevou o tom. Minutos depois os manifestantes deixaram o plenário.
Às 19h, os seguranças cercaram a entrada do plenário, e a ordem era para que não partissem para o enfrentamento com os manifestantes no salão verde desde o início da tarde.
Uma hora depois, a sessão do Congresso começou. As galerias foram liberadas para os manifestantes, que fizeram barulho.
Na pauta, a votação de vetos da presidente Dilma a trechos de leis aprovadas pelo Congresso. Vetos que a Câmara e Senado, juntos, têm que dizer se aceitam ou não. Foram quatro. Entre eles, o do ato médico e o do fundo de participação dos estados, que tira do Palácio do Planalto a obrigatoriedade de repor a estados e municípios receitas perdidas com isenções dadas pelo governo.
O governo conseguiu adiar a votação do veto que mantém a multa adicional de 10% do fundo de garantia. Essa multa é repassada pelas empresas para o governo em demissões sem justa causa.