Segundo relatório, Brasil deve eliminar hepatite C até 2030

Segundo relatório, Brasil deve eliminar hepatite C até 2030

O Brasil e mais oito países estão no caminho certo para acabar com a hepatite C até 2030 - meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o relatório do Observatório Polaris, vinculado à CDA Foundation, responsável por acelerar o cumprimento das metas globais contra hepatites virais, nove nações (Brasil, Austrália, Japão, Egito, Geórgia, Alemanha, Islândia, Holanda e Catar) estão preparadas para atuar no combate à epidemia que mata mais de um milhão de pessoas por ano, afirmou, em nota, o presidente da Aliança Mundial contra a Hepatite (WHA, na sigla em inglês), Charles Gore.

"Esses novos dados mostram que a eliminação da hepatite C é possível, mas também mostram que é preciso fazer mais para apoiar os governos na luta contra as hepatites virais".

O relatório destaca a ação do Brasil, Geórgia, Austrália e Egito como "países-chave" na erradicação desta inflamação viral e aguda do fígado, desde que a OMS estabeleceu a meta em 2016.

Junto com o lançamento do documento, o Ministério da Saúde (MS) anunciou um plano nacional específico para eliminar a hepatite C previsto para começar em 2018. Sendo assim, os pacientes passarão a fazer testes para diagnóstico e tratamento independentemente do grau de inflamação do fígado.

De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a expectativa é tratar 657 mil pessoas, sendo a meta mínima 50 mil pacientes por ano, o que "torna o projeto de erradicação mais viável" e sem restrições.

"A meta é alcançável, pois distribuiremos até o ano que vem o dobro de testes feitos para identificar os portadores de hepatite C, totalizando 12 milhões de diagnósticos", informou Barros.

Segundo o ministro, 155 mil pessoas estão notificadas com a doença no Brasil e metade está tratada ou em tratamento.

"O Brasil não recebe subsídio para o tratamento e está dando um exemplo para o mercado de que é preciso reduzir preços através de uma negociação duríssima com a indústria farmacêutica, o que já nos permitiu uma economia de R$ 4 milhões", enfatizou.

Fonte: O Estado de S. Paulo