Técnica corrige orelha de abano em recém-nascidos

Técnica corrige orelha de abano em recém-nascidos
Orelha de abano e orelha dobrada são deformidades presentes em 30% dos nascimentos de crianças. Porém, um sistema desenvolvido nos Estados Unidos promete resolver o problema. Com o nome de EarWell, ele é comercializado no Brasil através da Bem Med, e tem alcançado sucesso nos procedimentos realizados em recém-nascidos. Este procedimento permite remodelar as orelhas de bebês recém-nascidos em suas primeiras semanas de vida, sem que haja a necessidade de cirurgia
Quando aplicada nos primeiros 45 dias de vida do bebê, a técnica se torna mais eficaz, sendo, o ideal, ainda nas primeiras duas semanas. Seu uso é indolor, produzindo resultados definitivos entre 4 e 6 semanas de tratamento. O sistema consiste em um molde usado para remodelar as orelhas dos recém-nascidos. Ele deve ser aplicado o mais rápido possível, pois quanto mais novo o bebê, mais facilmente a cartilagem das orelhas pode ser moldada.
"As crianças nascem com nível de estrogênio elevado na corrente sanguínea, atingindo seu pico aos três dias da vida e é este hormônio que mantém a plasticidade da cartilagem da orelha, permitindo que ela seja moldada para a posição ou formato adequados", explica o médico otorrinolaringologista e cirurgião cranio-maxilo-facial, João Daniel Caliman e Gurgel. “Quando o estrogênio alcança os níveis normais, por volta da sexta semana de vida, o uso de técnicas não-cirúrgicas para a correção das deformidades no ouvido tem menos eficácia.”
As deformidades das orelhas dos bebês podem parecer apenas um problema estético. No entanto, apesar destas alterações geralmente não estarem relacionadas à diminuição da audição, podem refletir diretamente na autoestima da criança, além do risco de sofrer provocações, ganhar apelidos e ser vítima de bullying.
A maioria das deformidades das orelhas não melhora naturalmente, podendo inclusive piorar com o tempo, alerta o médico. Nos casos não tratados de forma precoce, como o realizado com o EarWell, seria necessário esperar a criança chegar aos 6 anos para realizar a cirurgia.
“Saber que existe uma forma de corrigir o problema sem cirurgia, sem anestesia e sem dor logo que o bebê nasce é um direito que todos os pais têm. O uso de EarWell pode trazer melhor qualidade de vida para essas crianças, reduzindo as chances de sofrer bullying e eliminando a necessidade de cirurgias corretivas invasivas, que geralmente são realizadas sob anestesia geral e com um custo maior”, explica o otorrinolaringologista.