Cirurgia de revascularização coronária em pacientes com cardiomiopatia isquêmica

 Cirurgia de revascularização coronária em pacientes com cardiomiopatia isquêmica

De acordo com o Dr. Roberto Gonzalez et al a cirurgia de revascularização miocárdica esta indicada no tratamento de pacientes que padecem de doença coronária. Os autores mencionam especificamente patologias com enfermidade do tronco coronário esquerdo, doença de três vasos ou doença de dois vasos com compromisso proximal da artéria descendente anterior.

Os pesquisadores reconhecem que se trata de uma das cirurgias mais estudadas e afirmam que existe um acompanhamento adequado de seus resultados ao longo de um período de 30 anos. Por esta razão constitui o tratamento com a qual todas as estratégias de revascularização miocárdica devem ser comparadas.

Em outro estudo publicado no The New England Journal of Medicine um grupo de pesquisadores investigou os resultados da cirurgia de revascularização coronária em pacientes com cardiomiopatia isquêmica. Os autores do estudo sugerem que se desconhece o benefício sobre a sobrevivência de uma estratégia de cirurgia de revascularização coronária (CRC) agregada a tratamento médico de acordo com as orientações, em comparação com o tratamento médico sozinho, em pacientes com coronariopatia, insuficiência cardíaca e disfunção sistólica ventricular esquerda grave.

 

A metodologia significava implicou que, entre julho de 2002 a maio de 2007, um total de 1.212 pacientes com fração de ejeção de 35% ou inferior e coronária passível de CRC foram randomizados para submeter-se a CRC mais tratamento médico (grupo CRC, 610 pacientes) ou tratamento médico unicamente (grupo de tratamento médico, 602 pacientes).

O parâmetro principal foi à morte por qualquer causa. Os parâmetros secundários principais incluíram morte por causa cardiovascular e morte por qualquer causa ou hospitalização por causa cardiovascular. A duração média de acompanhamento, incluindo este estudo de acompanhamento prolongado, foi de 9,8 anos.

Foi observado um evento do parâmetro principal em 359 pacientes (58,9%) no grupo de CRC e em 398 pacientes (66,1%) no grupo de tratamento médico (índice de risco com CRC contra tratamento médico 0,84; intervalo de confiança [IC] de 95% 0,73 a 0,97; P = 0,02 por prova de intervalo de logaritmo). Um total de 247 pacientes (40,5%) no grupo de CRC e 297 pacientes (49,3%) no grupo de tratamento médico morreram por causas cardiovasculares (índice de risco 0,79; IC 95% 0,66 a 0,93; P = 0,006 por prova de intervalo de logaritmo).

Ocorreu a morte por qualquer causa ou hospitalização por causas cardiovasculares em 467 pacientes (76,6%) no grupo de CRC e 524 pacientes (87,0%) no grupo de tratamento médico (índice de risco 0,72; IC 95% 0,64 a 0,82; P = 0,001 por prova de intervalo de logaritmo).

Em função do observado, concluiu-se que, em uma cohorte de pacientes com cardiomiopatia isquêmica, a taxa de morte por qualquer causa, morte por causa cardiovascular e morte por qualquer causa ou hospitalização por causas cardiovasculares, foi significativamente menor durante 10 anos entre pacientes submetidos à CRC além de receber tratamento médico, entre aqueles que receberam tratamento médico unicamente.

 

Referências:

 

Velazquez E, et al, Coronary-Artery Bypass Surgery in Patients with Ischemic Cardiomyopathy. New England Journal of Medicine. 2016; 374:1511-1520April 21, 2016DOI: 10.1056/NEJMoa1602001

 

González  R, et al. Cirugía Coronaria: Revascularización miocárdica sin

 

circulación extracorpórea. Rev. Chilena de Cirugía. 2009; Vol 61: 578-58,1 Diciembre

 

Fonte: Medcenter Medical News