Impacto das complicações pós-operatórias específicas sobre os resultados em pacientes com cirurgia geral de emergência

Impacto das complicações pós-operatórias específicas sobre os resultados em pacientes com cirurgia geral de emergência

A contribuição relativa das complicações pós-operatórias específicas sobre a mortalidade após cirurgias de emergência não foram descritas anteriormente. Devido, Christopher Cameron McCoy et al. argumentam que a identificação contribuintes específicos da mortalidade pós-operatória após cirurgia de emergência, permitirá uma melhora significativa no cuidado destes pacientes. Em função do qual, realizaram um estudo publicado no en Journal of Trauma and Acute Care Surgery, onde analisaram pacientes do banco de American College of Surgeons’ National Surgical Quality Improvement Program, entre os anos 2005 e 2011, que se submeteram a cirurgia de emergência para um cirurgião geral, porque 1 de 7 diagnósticos (doença vesicular, úlcera gastroduodenal, isquemia intestinal, obstrução intestinal, perfuração intestinal, diverticulite e hérnia de parede abdominal).

As complicações pós-operatórias (pneumonia, infarto do miocárdio, infecção da ferida cirurgica, infecção do órgão/espaço do local cirúrgico, processo tromboembolico, infecção do trato urinário, acidente vascular cerebral ou hemorragia grave) foram selecionados com base em medições de resultados cirúrgicos monitorados por iniciativas nacionais de melhoria da qualidade e órgãos reguladores.

Foram utilizadas técnicas de regressão para determinar a associação independente entre estas complicações e a mortalidade em 30 dias, após o ajuste para as variáveis ​​relacionadas com o agrupamento de pacientes e procedimentos.

A equipe sugere que as operações de emergência foram 14,6% de aproximadamente 1,2 milhões de procedimentos cirúrgicos gerais que foram incluídos no Programa Nacional de Melhoria da Qualidade Cirúrgica do colégio Americano de Cirurgiões, mas responsáveis por 53,5% das 19.094 mortes pós-operatórias. Foi analisado um total de 43.429 pacientes ​​com cirurgia geral de emergência. A infecção da ferida cirúrgica apresentou a maior incidência (6,7%). A 2ª complicação mais comum foi à pneumonia (5,7%). O acidente vascular cerebral, hemorragia grave, ataque cardíaco e pneumonia apresentaram a associação mais forte com a morte pós-operatória.

Dada a contribuição desproporcional a mortalidade cirúrgica, a cirurgia de emergência representa o lugar ideal para melhorar a qualidade. Dos alvos pós-operatórios potenciais para melhorar a qualidade, a pneumonia, o infarto do miocárdio, o acidente vascular cerebral e a hemorragia grave apresentam a associação mais importante com a mortalidade subsequente.

Assim, mencionou que dado que a pneumonia é relativamente comum após a cirurgia de emergência e está associada significativamente com a mortalidade pós-operatória, deve ser prioritária como objetivo das iniciativas de melhoria da qualidade cirúrgica.

Referências:

Christopher Cameron McCoy et al, Impact of specific postoperative complications on the outcomes of emergency general surgery patients. Journal of Trauma and Acute Care Surgery. May 2015 - Volume 78 - Issue 5 - p 912–919 doi: 10.1097/TA.0000000000000611

Fonte: Medcenter