Seus autores, Tanya Castelino et al. realizaram esta revisão de acordo com as diretrizes PRISMA e publicaram suas descobertas em Surgery. Assim, examinaram oito bancos de dados eletrônicos para identificar estudos que compararam pacientes que receberam um protocolo específico para a mobilização precoce com um grupo de controle. Foi avaliada a metodologia de qualidade usando a ferramenta Downs and Back.

 

Identificaram-se quatro estudos com cirurgia abdominal (3 estudos controlados aleatórios (ECA) e 1 estudo prospectivo observacional) e 4 estudos com cirurgia torácica (3 ECA e 1 estudo retrospectivo observacional). Nenhum dos 5 estudos que avaliaram complicações pós-operatórias informou diferenças entre os grupos. 1 de 4 estudos que avaliaram a duração da estadia, informou uma diminuição significativa no grupo de intervenção.

 

Além disso, 1 de 3 estudos que avaliam a função gastrointestinal, informou diferenças a favor do grupo de intervenção; e 1 de 4 estudos que avaliou resultados baseados em desempenho, informou diferenças a favor do grupo de intervenção. Também informam que 1 de 5 estudos que avaliou resultados relatados pelo paciente, informou diferenças a favor do grupo de intervenção. A qualidade geral da metodologia foi pobre.

 

Castelino e sua equipe consideram que poucos estudos comparativos avaliam o impacto dos protocolos de mobilização precoce sobre os resultados pós-cirurgia abdominal e torácica. A qualidade dos estudos foi ruim e os resultados conflitantes. Embora se saiba que o repouso na cama é perigoso, existe ainda pouca evidência disponível para orientar os clínicos com protocolos de mobilização precoce que aumente a mobilização e melhore os resultados.

 

Referências:

 

Tanya Castelino et al, The effect of early mobilization protocols on postoperative outcomes following abdominal and thoracic surgery: A systematic review. Surgery. 21 January 2016

Fonte: Medcenter