Já está disponível no país, mais precisamente em São Paulo, uma nova tecnologia que promete revolucionar o tratamento da disfunção erétil (impotência sexual) que preocupa cerca de 10% dos homens no mundo todo. O tema ainda é tabu, mas poucos sabem que existem tratamentos cada vez mais eficazes e menos invasivos. 

As opções disponíveis hoje para tratar esse problema são basicamente as injeções, indicadas para causas orgânicas e promovem a ereção mesmo se o homem não tiver estimulo sexual; as pílulas, que tornam mais fácil a obtenção da ereção, mas para isso o homem precisa ter o desejo sexual. Essa alternativa pode apresentar efeitos colaterais; e as próteses, único tratamento definitivo, são indicadas para impotência orgânica mais grave. Com a chegada dessa nova opção, sem dor, sem efeitos colaterais e com um tempo de eficácia maior, o paciente conseguirá melhorar o seu desempenho sexual e consequentemente sua qualidade de vida. 

O processo é realizado em uma máquina e consiste na emissão de ondas de choque de baixa intensidade que aumentam o fluxo de sangue no pênis e a permanência desse sangue no órgão por mais tempo. O procedimento é realizado em um consultório médico com um profissional capacitado. O tratamento dura 4 sessões, sendo uma por semana, mas existem outros protocolos de atendimento em um período mais curto, se necessário for. “São sessões de curta duração e simples, não invasivas e livres de dor. 

Também não se tem relatos, até o momento, de efeitos colaterais negativos relacionados ao tratamento”, explica o urologista Wagner Raiter José, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e responsável por trazer a primeira máquina ao Brasil. Por enquanto existe apenas uma unidade na cidade de São Paulo e o tratamento já está disponível. 

Mas é bom salientar que antes de iniciar um tratamento como este o paciente precisa procurar um urologista para saber quais são as causas da disfunção, que podem ser várias. É um equivoco pensar que é apenas uma questão psicológica ou que afeta somente os homens em idade avançada. O problema pode ter um componente físico e também atingir os jovens. “São várias as causas que levam à disfunção erétil e cada uma pode exigir um tipo específico de tratamento”, explica o especialista. 

Mas para conseguir um bom resultado no tratamento, o homem precisa ultrapassar medos, preconceitos e a própria vergonha de procurar um médico. O especialista usa dados da Sociedade Brasileira de Urologia para enfatizar as dificuldades dos homens em lidar com o problema. Segundo ele, 95% dos indivíduos com disfunção erétil demoram até 3,5 anos para buscar ajuda médica “São anos de sofrimento desnecessários, pois hoje existe tratamento médico para a maioria dos casos”, afirma. “Quanto mais cedo o homem detectar o problema e buscar ajuda médica especializada, mais rápido vai encontrar a solução”, assegura.

Ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, existe hoje no País aproximadamente 6 milhões de homens com disfunção erétil. No mundo, o número pode chegar a 300 milhões. “Os homens precisam superar os obstáculos e buscar ajuda médica para fazerem o tratamento adequado. Não há razão para sofrimento e nem demora. E a tecnologia que acaba de chegar vem para tornar o processo ainda mais fácil”, enfatiza o urologista.