Tratamento de hérnia de disco, sem cirurgia,tem 87% de sucesso

Tratamento de hérnia de disco, sem cirurgia,tem 87% de sucesso
A hérnia de disco é uma doença que acomete mais de 5 milhões de brasileiros. Um estudo publicado na Revista da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos mostrou que em 90% dos casos não é necessário realizar cirurgia na coluna, podendo tratar com procedimentos não-invasivos. No Ceará foi desenvolvido um método que alcançou êxito no tratamento de quase 7 mil pacientes e hoje está presente em 21 estados no país.
 
A patologia consiste no rompimento de estruturas internas na coluna vertebral, causando atrito entre as partes. Resultado disso são dores na lombar ou na coluna cervical, associada à irradiação para membros inferiores ou superiores respectivamente, diminuição de força muscular e formigamento.
 
Há alguns anos o procedimento cirúrgico era o mais executado para o tratamento da hérnia de disco. Uma pesquisa recente pode comprovar que em apenas 10% dos casos esse método é indicado. “Qualquer tratamento deve-se levar em consideração as manifestações clínicas do paciente. Em todo caso, os métodos conservadores antes de uma intervenção cirúrgica é o mais indicado, pois já foi comprovado sua eficiência, além de evitar possíveis complicações no caso clínico decorrentes de um insucesso cirúrgico”, afirma o fisioterapeuta do ITC Vertebral, Renato Pupin.
 
O fisioterapeuta cearense Helder Montenegro, presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna e fundador do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (ITC) desenvolveu a Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral, conhecido como RMA. É um programa fisioterapêutico que utiliza técnicas de fisioterapia manual, mesa de tração eletrônica, mesa de descompressão dinâmica, estabilização vertebral e exercícios de musculação.
 
O RMA tem o objetivo de promover o alivio da dor, devolver a mobilidade articular e o fortalecimento da musculatura estabilizadora. No Brasil esta técnica é oferecida em mais de 50 clínicas. México, Inglaterra, Holanda, Argentina, Chile e Venezuela recentemente solicitaram ao Instituto palestras e cursos sobre este protocolo e estão em vias de instalar unidades do ITC Vertebral, assim como Portugal, que já inaugurou a sua primeira unidade.
 
O que chama a atenção dos fisioterapeutas é o aumento no número de queixas dos adolescentes com dores nas costas, o que há alguns anos, esses sintomas eram mais presentes em pessoas com idade acima de 45. Entre os fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão o trabalho físico pesado, postura de trabalho estática, inclinar e girar o tronco frequentemente, levantar de forma incorreta, empurrar ou puxar objetos, entre outros.

 

Fonte: jornalagoraminas.blogspot.com.br