Médicos fazem paralisação e atendimento fica prejudicado na rede pública e particular

Médicos fazem paralisação e atendimento fica prejudicado na rede pública e particular
RIO - A manhã desta terça-feira começou com dificuldades no atendimento médico na rede pública e particular de saúde. Em protesto contra o programa Mais Médicos, do governo federal, e à Lei do Ato Médico, profissionais do setor decidiram paralisar os serviços. Estados como Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul aderiram às manifestações. Apenas os pacientes que procuram a emergência e a urgência das unidades são atendidos, segundo os sindicatos da categoria. No Rio Grande do Sul, além de Porto Alegre, a mobilização deve ocorrer em Erechim, Bagé, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo, Rio Grande,Santana do Livramento, Uruguaiana,Santa Maria e Ijuí. O Sindicato Médico do estado (Simers) pede que as pessoas evitem procurar serviços médicos nos dois dias. A paralisação foi decidida em assembleia geral realizada no último dia 23. O objetivo é protestar contra as medidas do governo federal que, segundo a categoria, "não atacam os reais problemas da saúde brasileira". A categoria quer pressionar o Congresso Nacional para derrubar a Medida Provisória do Mais Médicos e os vetos da presidente Dilma Rousseff sobre a Lei do Ato Médico. Em Goiás, moradores também aderiam à paralisação. Em Aparecida de Goiânia, por exemplo, o atendimento foi prejudicado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jardim Rosa do Sul. Em Goiânia, os paciente que procuraram o Hospital das Clínicas ficaram sem atendimento. Exames que estavam marcados há pelo menos seis meses foram cancelados. Na capital do estado, são realizados cerca de 8 mil exames por dia. Os médicos do Espírito Santo, tanto da rede pública quanto da privada, também fazem uma paralisação de dois dias com início nesta terça-feira. De acordo com o Sindicato dos Médicos do estado (Simes), a decisão é nacional e foi tomada para reivindicar melhorias na categoria e também por direitos de estudantes de medicina. Apenas casos de urgência e emergência serão atendidos e as consultas serão remarcadas. Os atendimentos voltam a normalidade nesta quinta-feira. Em São Luís, no Maranhão, os médicos fazem protesto na manhã desta terça-feira na Praça Gonçalves Dias, contra o veto da presidente Dilma Rousseff à lei do Ato Médico. De acordo com a medida da presidente, outros profissionais da medicina como psicólogos, enfermeiros e terapeutas, vão pode emitir receituário para tratamento. Os profissionais também são contra a contratação de médicos estrangeiros pelo governo federal. Na Paraíba, médicos das redes pública e privada também paralisam os atendimentos ambulatórios e consultas nesta terça, de acordo com o Conselho Regional de Medicina (CRM). Pelo menos, cinco cidades devem aderir ao movimento: João Pessoa, Cajazeiras, Campina Grande, Patos e Sousa. Na capital do estado, a expectativa é que as atividades estejam suspensas apenas pela parte desta manhã. Em Campina Grande, aproximadamente 500 médicos e estudantes de Medicina devem ser reunir, por volta de 9h desta terça, na sede da Sociedade Médica. A paralisação está prevista para se prolongar até esta quarta-feira. Em Pernambuco, o sindicato da categoria (Simepe) confirma a paralisação de médicos da rede pública e privada nesta terça. Atendimentos de urgência e emergência estão mantidos. A suspensão das atividades também pode se estender para quarta-feira, quando haverá uma ação de saúde e cidadania, das 8h às 17h, em Recife, no Memorial da Medicina de Pernambuco, oferecendo auxílio gratuito à população.